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O islã na África Subsaariana

    O progresso de islamização dos reinos africanos da região foi diferente, quase toda a região do Egito e do Magrebe foram atingidas pela expansão religiosa militar, na região das Terras dos Negros, ao sul do Deserto do Saara, foi implementado ao islã de forma lenta, porém, progressiva. As atividades mercantis ligavam do norte ao sul do continente africano, eram chamadas de Comércio transaariano.     A existência de sociedades complexas e urbanizadas precederam a chegada do islã e de emissários, conhecidos como marabutos. Existem duas formas de se olhar o processo de islamização do Sahel:     1ª) Observa a passividade dos africanos diante a penetração de influências externas      2ª) Tenta entender o fenômeno de islamização por meio da interação e dialogo.          P odemos concluir que: a expansão islã originou interesse na sociedade sahelianas em conhecer o mundo exterior e se apropriar a uma nova lingua...

Reino de Gana

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O primeiro reino Saheliano de destaque e o mais antigo foi o de Gana, a Terra do Ouro, onde predominava a etnia soninquê. Seu desenvolvimento precede no tempo da islamização, que ocorreu com mais vigor a partir do século XI. O poder de Gana vinha do controle das minas e dos entroncamentos do comercio caravaneiro. O ouro, o mais importante dos produtos da região subsaariana, era explorado nas ricas zonas auríferas de Bambuk e Buré, nos territórios dos atuais Gana, Costa do Marfim, Mali e Senegal. Em troca obtinha-se o sal, produzido nas salinas do Saara e indispensável para a sobrevivência dos habitantes da África tropical, tanto por suas propriedades conservantes quanto por seu valor como moeda de troca. Sua organização política é motivo de controvérsia entre os historiadores que estudam o assunto. Mesmo possuindo um amplo território e uma organização política típica dos governos imperiais, Gana não possuía uma cultura militarizada ou expansionista. O Estado era mantido através de ...

A cultura islãmica no Sahel

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     A cultura islâmica no Sahel é algo que para muitos serve para juntar as pessoas, sendo uma área de muitos conflitos e guerras, uma religião em comum que é adotada em uma área tão grande (5400m de extensão e 500 a 700m de largura) que está entre o deserto do Saara e a savana do Sudão pode conectar e ajudar muitas pessoas que não estão envolvidas no conflito.     Os países próximos do Sahel tem grande poder e influência, como o islã e suas culturas, que tendem a ‘’diminuir’’ outras religiões e crenças, por isso a união provida pelos povos que vivem no Sahel tendem a incentivar as pessoas ‘’atacadas’’ pelos povos Islãmistas.

O Império de Mali

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    Império de Mali, território do grupo linguístico mandinga que sucedeu o império de Gana. Surgiu pelo entre os séculos XIII e XVI, governado por dirigentes chamados mansas . No império Mali a consequências do islã foram mais completas.     As viagens dos mansas reuniam caravanas, que levavam muitas mercadorias de valor e presentes para sustentar o reino. Todos visavam deixar igual a autoridade dos governantes do Mali a dos demais dirigentes do mundo árabe, ainda mais quando recebiam o cargo mais alto Al-Hajj.     - Todos os dirigentes eram associados à sua esplendorosa riqueza em ouro    - Um dirigente de destaque foi Mansa Musa, que governou entre 1312 a 1337, fizeram a conquista das importantes cidades de Ualata, Timbucto, Takedda e Gao.     Alguns mansas tiveram seus feitos registrados em relatos, que foram feitos em condição oral na região propriamente dita.

As cidades-irmãs: Djenné e Timbuctu

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Por volta do século III a.C. surgiu a cidade de Djenné, no Delta do Rio Níger. Seus moradores eram agricultores, criavam bois e desde cedo praticavam o comércio.  Seu auge se deu a partir do século XIII, quando ocorreu a islamização da região e a cidade se tornou um grande centro comercial de ouro. A cidade de Timbuctu foi fundada por tuaregues no século XII. Com o tempo, Timbuctu se tornou um grande centro cultural do Sahel, com escolas corânicas e com a Universidade de Sonkare (Sankoré) e chegou a possuir cerca de 80 mil habitantes. Timbuctu também tinham pontos de encontro para os que viajavam de canoa pelos rios ou de camelo pelo deserto.

Comércio Transaariano e Transaheliano

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           Para os povos africanos, Saara não foi uma barreira intransponível. Desde 4000 a.C., os egípcios usavam uma rota que ligava o vale do Nilo ao porto de Elim, no Mar Vermelho onde adquiriam produtos como incenso e lápis-lázuli vindos da Arábia e da Ásia. A partir do séc. III d.C. houve a introdução do camelo. Desta forma, as rotas transaarianas ganharam impulso atingindo grande dinamismo entre os séculos VII e XI. Os tuaregues, grupo berbere do norte da África, passaram a criar camelos e a vendê-los como animais de carga, além de usá-los no comércio transaariano. Liderando caravanas compostas com 1.000 a 1.200 camelo ou mais, os tuaregues logo controlavam as rotas e os oásis em toda extensão do deserto Saara, desde a costa mediterrânea, no norte, até o Sahel, no limite do saara. Com os camelos, os africanos puderam se movimentar em grandes grupos, não apenas através do Saara, mas também em direção ao sul. Aí, o domínio de uma sofisticada tec...